Onde encontrar as informações fiscais que preciso para emitir uma nota?
O que é uma Nota Fiscal?
A NF é o documento obrigatório para o registro de transações de compra e venda. É válida para qualquer tipo de empresa e negociação comercial ocorrida em ambiente físico ou virtual. Mais que isso, também é um registro necessário para outras situações, a exemplo de devoluções, transferências, operações interestaduais, simples remessa e entrada de mercadorias.
Até 2006, o formato impresso era o único existente no Brasil. Desde então, há uma substituição gradual pelo modelo eletrônico, que vamos explicar melhor a seguir. Por enquanto, é importante saber que ainda existem empresas que trabalham com a NF impressa e com o cupom fiscal — documento equivalente que se diferencia por ser emitido por uma impressora especial.
Tanto no cupom quanto na Nota Fiscal estão destacadas informações específicas, como:
- dados da empresa;
- data e horário da operação;
- descrição das mercadorias;
- total a ser pago;
- forma de pagamento;
- local onde a venda for realizada.
A diferença é que a NF é mais completa e ainda oferece indicações sobre impostos e tributos de cada produto, informações de identificação do cliente e, quando há movimentação de mercadorias, dados da transportadora.
A Nota Fiscal ainda protege o consumidor para situações de troca e reclamações de produtos. Para a Receita Federal, serve como comprovante de cálculo da movimentação de dinheiro realizada com as atividades de compra e venda. Assim, são identificados desvios e até crimes, como evasão e sonegação fiscal.
Fica claro, então, que é fundamental pagar os tributos em dia e emitir as notas sempre que uma transação é realizada, certo? Assim, você evita multas e traz confiabilidade a clientes e fornecedores. Além disso, agora está muito mais fácil fazer esse processo. Por quê? O motivo está na NF-e.
Nota Fiscal Eletrônica
Esse documento tem as mesmas funções da NF tradicional, com a diferença de ser digital. Sua implantação no país começou ainda em 2006 — no entanto, ainda há empresas que utilizam o formato anterior. A iniciativa faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), projeto do governo federal que visa à digitalização das operações executadas.
Qual é a diferença na prática? A emissão e o armazenamento. Por mais que esse documento possa ser impresso, a empresa tem a oportunidade de fazer o envio somente digital, assim como hospedá-lo em um ambiente online. Desse modo, você adquire um produto em um e-commerce e recebe a NF-e pelo e-mail, além disso, ela também fica registrada no seu login da loja virtual. Viu só como é prático?
Dessa maneira, fica claro que o objetivo da NF-e é agilizar o processo de emissão, assim como torná-lo mais prático e eficaz. Ao mesmo tempo, as operações digitalizadas aumentam o potencial de fiscalização dos governos federal, estadual e municipal.
Lorem ipsum dolor sit amet, at eos re pudiare ad versa ium. E um doming pericula eu, harum simul scaevola cu sit, vim an so net la oreet. Aperiam ato morum at pri. In pro la bore con tentiones medi ocritat em, mea et perci pit interes set, mei et vocibu elige di vivend um. Post ea audire vix ei, nulla negle gen tur te duo, mole stie con cluda turque per at. An natum pha edru mie dio crem nam, quo ad posse dicam eirmod. U tinam de finiti onem vim an, ipsum possit adipiscing pri.
Quais são os benefícios da NF-e?
O modelo eletrônico da nota fiscal oferece várias vantagens em relação ao formato tradicional. Os processos são simplificados e a emissão de nota fiscal é mais rápida e otimizada. Ao mesmo tempo, as operações são verificadas com agilidade para constatar possíveis irregularidades fiscais.
Além disso, as transações são mais seguras — medida que traz vantagens para empresas, consumidores e governo. Agora quais são os benefícios diretos para o seu negócio e para potenciais clientes? É o que vamos ver a seguir. Confira!
Benefícios para a empresa
O modelo de organização digital das NF-es facilita a adoção das melhores práticas do mercado, chamadas de compliance. Esse fator implica redução de custos, tanto no que se refere à diminuição do uso de papéis quanto com relação ao armazenamento, que passa a ser digitalizado.
O uso de um software de gestão facilita o armazenamento — que, geralmente, é feito em nuvem —, além de permitir o acesso quando necessário e a partir de qualquer dispositivo com internet. No site da Receita, as informações também estão disponibilizadas por 180 dias.
Com relação ao sistema adotado — também conhecido como ERP —, a principal vantagem é a centralização das informações de vários setores, como RH, financeiro, vendas, estoque, entre outros. Por meio do painel, você tem uma visão mais ampla e interessante, verificando o status atual da empresa. Ao mesmo tempo, a gestão é otimizada, porque a solução oferece vários recursos, como:
- acompanhamento do caixa em tempo real;
- geração de boletos e Notas Fiscais;
- controle das contas a pagar e a receber;
- monitoramento das ordens de serviços;
- controle do estoque e das compras etc.
Quais são os tipos de Nota Fiscal Eletrônica?
O mais comum é dizer que todos os documentos emitidos são Notas Fiscais. Apesar disso, existem diferentes tipos, você sabia? Cada um deles tem as suas particularidades — e descobri-las é essencial para otimizar o processo de emissão das NF-es. Então, que tal saber ainda mais? Acompanhe!
Nota Fiscal de Produto ou Mercadoria
A NF-e é o modelo que registra as transações de compra e venda de produtos. Ela substituiu os modelos 1 e 1A e tem o objetivo de documentar a operação e permitir o recolhimento adequado dos impostos. É válida para negociações feitas em e-commerces e lojas físicas, além de ser emitida no caso de aquisição de insumos, matérias-primas ou mercadorias.
Nota Fiscal Eletrônica de Serviços
A NFS-e é voltada exclusivamente para a prestação de serviços. Estão incluídas aqui quaisquer tipos de transação dessa categoria, como atividades de consultoria, atendimento médico, personal trainer e mais.
Os produtores de conteúdo digitais e afiliados também utilizam esse modelo para a venda de congressos, e-books, eventos e muito mais. Vale a pena mencionar que a NFS-e substitui a Declaração de Serviço, que antes era exigida pelas prefeituras do país.
Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor
A NFC-e é o formato mais recente, que substitui de maneira gradual os cupons fiscais. É mais comum para operações do varejo e do comércio, por exemplo, em farmácias, supermercados, restaurantes e mais. Sua geração deve ocorrer no momento da venda, de maneira obrigatória.
Conhecimento de Transporte Eletrônico
O CT-e é utilizado para a movimentação de cargas. Por isso, é bastante utilizado por e-commerces. Esse documento é válido para transporte aéreo, fluvial, ferroviário e rodoviário.
Desde a sua implantação, os erros nesse processo se tornaram menos frequentes e a entrega foi agilizada. O Conhecimento de Transporte Eletrônico substituiu as NFs de modelos 7, 8, 9, 10, 11 e 27.
Nota Fiscal Complementar
Esse modelo de NF é utilizado em casos específicos. Veja quais são eles:
- reajuste de preços devido a contrato ou outra circunstância que aumente o valor original;
- processos de exportação, quando o contrato de câmbio exigir aumento do preço da operação;
- regularização da quantia ou da quantidade de mercadoria especificada na Nota Fiscal.
Assim, a NF Complementar sempre terá um documento original para registrar a operação, que será, por consequência, alterada.
Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica
O DANFE é uma espécie de versão simplificada da NF-e que acompanha as mercadorias a serem transportadas para o cliente. Ele contém todas as informações básicas da operação, como:
- destinatário;
- dados como o emitente;
- valor da mercadoria;
- impostos recolhidos.
Nesse documento, também está destacada uma chave de acesso. Essa numeração é utilizada para acessar a NF-e e realizar a escrituração da operação. Por isso, é obrigatório em situações de movimentação de carga.
Documento de Arrecadação de Receitas Federais
O Darf é utilizado para pagamentos feitos devido a débitos de caráter previdenciário ou não, que estão inscritos na Dívida Ativa da União. Por exemplo, esse documento é gerado para quitar as dívidas com o Fisco quando a declaração do Imposto de Renda MEI é gerada.
Então por que está aqui como um tipo de NF-e?
Na verdade, o Darf também serve para pessoas jurídicas — e é por isso que se torna importante para a sua empresa. Para entender melhor, veja os dois modelos de Documento de Arrecadação existentes:
- comum: é utilizado para recolher tributos de pessoas físicas e jurídicas. É bastante usado para quitar o PIS sobre o faturamento e os impostos referentes à importação;
- simples: deixou de ser adotado com a Lei Complementar 139/2011. Foi alterado pelo Documento de Arrecadação Simples, que é utilizado para pessoas físicas e jurídicas que recolhem impostos unificados, como os MEIs.
Com essa explicação, tudo ficou mais claro, certo? Nesse momento, vale a pena perceber que NF-e, NFC-e e NFS-e funcionam de forma similar. A Nota Complementar será utilizada somente nos casos determinados. Por sua vez, o CT-e é utilizado para o transporte de mercadorias.
O DANFE também é adotado para operações de movimentação, além de ser a parte legível do arquivo XML, que é gerado com a emissão da NF-e. Portanto, é acessível somente com a inserção da chave de acesso especificada.
O que é preciso para a emissão de NF-e?
A emissão da Nota Fiscal Eletrônica é importante para assegurar processos mais eficientes na empresa. Ela facilita o recolhimento e o cálculo de tributos, além de melhoria no acompanhamento de dados, transparência nas atividades fiscais e até facilidade para a logística. Até aí, você já sabe.
A questão é que a emissão depende de algumas questões, já que, para prestação de serviços, é feita pela prefeitura e, para comércio e indústria, pela Secretaria de Estado da Fazenda. Em qualquer um desses casos, é preciso contar com um software emissor e outros requisitos. Confira agora mais sobre quais são eles!
Obtenção do certificado digital
O certificado digital é o recurso que fornece validade jurídica à NF-e. Ele também aumenta a segurança dos dados e de sua procedência. Por isso, é preciso adquiri-lo antes de emitir qualquer Nota Fiscal. A aquisição é feita com uma Autoridade Certificadora autorizada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP–Brasil).
A título de comparação, o certificado digital atua como um CNPJ virtual. Além de ser utilizado para a emissão de notas, também é adotado para a transmissão de obrigações acessórias e da Escrituração Fiscal Digital (EFD).
Certificação SEFAZ
O credenciamento é a segunda etapa, mas ainda deve ser colocado em prática antes da emissão das NF-es. O processo é realizado na SEFAZ do município, caso a sua empresa trabalhe com prestação de serviços, ou do estado, se for do ramo de indústria e comércio.
Devido a essa peculiaridade, existem critérios diferentes para fazer o credenciamento. O ideal é consultar diretamente o órgão ou um contador para evitar imprevistos e problemas. Lembre-se ainda de que, em um primeiro momento, o status pode ser “em homologação”. Nesse caso, as NF-es não são emitidas — é apenas um ambiente de teste. Assim que estiver tudo certo, pode-se mudar a opção para “em produção”.
Identificação de regime tributário
O certificado digital e o credenciamento na SEFAZ levam a essa etapa. É bem provável que a sua empresa já esteja constituída e, portanto, está enquadrada em determinado regime tributário. Ainda assim, é importante consultar o contador, com o objetivo de verificar as peculiaridades para emitir a NF-e da maneira correta. A seguir, listamos as principais opções para você ter uma ideia clara de cada modelo.
MEI
Os Microempreendedores Individuais só emitem nota para pessoas jurídicas ou quando a pessoa física faz uma solicitação. A obrigatoriedade, porém, existe apenas no primeiro caso.
ME e EPP
As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte fazem parte do Simples Nacional. Por isso, é necessário emitir a NF-e — conforme indicamos ao longo deste artigo — em todas as vendas realizadas.
Médias e grandes empresas
As organizações que se encaixam nesses portes têm regimes de Lucro Real ou Presumido. Ainda assim, a NF-e é exigida em todas as transações, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.